terça-feira, 14 de agosto de 2012

Capítulo Vinte e Sete


Seu Fonseca: Nina, que bom que você veio!
Eu: Já não aparecia a muito, tinha de vir hoje. Como o senhor está?
Seu Fonseca: Vou bem minha filha, e você?
Eu: Bem demais! Mas isso aqui mudou demais hein?! O Edu me contou da reforma que vocês... – Meus olhos se voltaram para uma mesa onde estavam o Rodrigo, o Leonardo e o Edu. – Ainda tem alguma garçonete que trabalhou junto comigo por aqui?
Seu Fonseca: Só a Bárbara. Lembra dela?
Cheguei bem perto  do seu ouvido.
Eu: A loira que era apaixonada pelo Eduardo? Como esquecer? – rimos.
Seu Fonseca: Falando nela...
Ela se aproximou de nós, mexendo na bolsa.
Bárbara: Seu Fonseca, se precisar de alguma coisa pode me li... Camile, pensei que não vinha mais aqui. Já tem quase um ano que não aparecia.
Eu: Eu sempre apareço Bárbara, pode apostar que apareço. Ow, você está grávida!
Bárbara: É, e você conhece muito bem o pai. A propósito, vamos fazer um chá de bebê e sua presença é essencial.
Ela falava comigo de um jeito doce, diferente. A maternidade fazia bem pra ela.
Assistimos ao último bloco da novela.
Edu: Vem aqui na cozinha um instante.
Eu: Boa noite pra você também Edu. Eu vou muito bem, obrigada por se preocupar.
O segui até a cozinha, onde o Leo estava.
Leo: Edu...
Edu: Eu quero que vocês fiquem amigos novamente. Pelo menos por hoje.  Tem fotógrafos aí fora loucos pra acabar com a imagem de vocês dois.
Leo: Mais? Quer dizer, a minha né? Porque ela que é a coitadinha da história.
Edu: Só se comportem.
Voltei pro Bar.
Rodrigo: Cunhadi... Quer dizer, Camilezinha! Como que você tá?
Eu: Oi Rô! Eu tô... bem. E você?
Rodrigo: Vou sentar aqui contigo.
Leo: Olha lá. Parece que nada mudou. Desde que eles se conheceram que é esse grude todo. Ele só vive abraçado com essa maluca.
Edu: Leonardo, deixa eles.... O término do namoro de vocês já mexeu até com gente que não tinha nada a ver com a história.
Leo: Mas ele é meu irmão. Tem nada de ficar do lado dela. Até porque ele é quem bem sabe o que essa louca já fez.
Eu: Mas vem cá Rô, desde quando você é Corintiano?
Rodrigo: Eu? Nunca fui. O Leo veio conversar com o Eduardo sobre não sei o que aí, e eu vim porque aqui sempre tem mulher bonita, sabe como é...
Eu: Sempre safado né? Toma jeito Rodrigo!
Rodrigo: Fazer o que se o Rodrigo aqui faz elas ficarem louquinhas? – rimos.
Eu: Safado!
Fim do primeiro tempo, 0x0. Mas já  não aguentava mais de ciúme de ver o Edu com o Leo. Fui até a mesa onde eles estavam.
Eu: Licença.
Sentei e eles se calaram.
Eu: Edu, porque eu não posso fazer a propaganda da Betina?
Leo: É... Não sei se você viu mas eu e meu assessor estamos tendo uma conversa importante aqui.
Eu: Não sei se você viu, mas eu pedi licença e vocês dois estavam calados quando eu cheguei. E antes de ele ser seu assessor, ele é meu assessor e amigo.
Leo: Vem cá, porque você não volta pro banquinho do balcão pra ver o jogo do seu timinho e deixa a gente terminar nossa conversa?
Eu: ME OBRIGUE.
Edu: Parem! Camile, depois a gente conversa tá? E Leonardo, para de provocar.
O celular do Leonardo chamou.
Leo: E aí Luan, tudo em cima?
Edu: Camile, acho melhor você ir embora.
Eu: O QUE??????????????????????
Edu: Não, ir embora da mesa. Eu não sou louco de botar você pra fora do bar.
Eu: Ah, vou voltar. Mas eu não vou esquecer da nossa conversa.
Leo: Ih, nem quero mais saber dela. Passou, já foi. Eu quero é bem longe.
Fuzilei o Leo com o olhar. Ele tava falando de mim pro Luan? Argh, que raiva, que ódio dele que eu tava sentindo.
Rodrigo: Ei, o que aconteceu?
Eu: O grosso, o estúpido do seu irmão. Desculpa Rô. É que ele é um idiota.
Rodrigo: Eu sei. Mas não fica assim não. Eu viro até Corintiano se é pra deixar você feliz.
Eu: É sério?
Rodrigo: Na verdade, não. – rimos.

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