quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Capítulo Vinte e Dois


“Camile Bianco de novo? Atriz surta e atira porta-retrato da janela de seu apartamento.”
Eu: Eu não surtei.
Disse jogando a revista no sofá.
Edu: Então porque você jogou um porta-retrato do décimo terceiro andar?
Eu: O Leonardo se esqueceu de levar. Queria dar uma forcinha pra ele não precisar subir de novo. Sorte dele que eu não aguento o sofá. Se não eu jogaria o sofá na cabeça dele. Sabe o que o irmão dele, o Rodrigo, falou?  Que ele quer a cafeteira. Ele sabe o quanto eu amo cafeteiras, principalmente essa. Mas eu vou levar essa cafeteira pessoalmente, eu faço questão! E vou enfiar ela no primeiro buraco dele que eu achar. Aí sim essa revista vai ver o que é Camile Bianco surtando. Essa cafeteira ele não leva!
Edu: Camile, em menos de um mês você e o Leo já saíram duas vezes em destaque nessas revistas. Tenho que atender ligações a toda hora, e em dobro, porque agora eu sou assessor do Leo também e...
Eu: Ah é? Então vai lá assessorar o Leo que eu contrato alguém.
Edu: Para de ciúme, até de mim você tem ciúme! É que com ele minhas ações são mais profissionais e com você eu faço tudo como um amigo. Sabe quantas ligações eu atendi hoje só de gente querendo saber o motivo do término da relação de vocês?
Eu: Faz uma coisa pra mim?
Edu: Eu não vou mandar um carro de mensagens insultando ele não.
Eu: Não. – ri. – é só que... Quando você descobrir o motivo do término da nossa relação você me conta?
Edu: Ah Mile, vem cá. – sentei no sofá do lado dele – bom, ele disse que a relação de vocês terminou com um tempo, foi um desgaste natural.
Eu: Desculpa esfarrapada essa a dele. O carro de mensagens tá excluído mesmo?
Edu: Tá. Até porque, quando descobrissem que era pra ele, ninguém ia querer fazer. E ele ia saber que foi você e não ia deixar barato.
Eu: Ok, sem carro de mensagem. Mas posso...
Edu: Sem humilhação pública no Facebook.
Eu: Twitter?
Edu: Não.
Eu: Blog?
Edu: Não Camile!
Eu: Mas eu não posso ficar quieta.
Edu: Tem razão, você não pode. Você vai.
Eu: Ah Edu! Poxa!
Edu: Poxa? Poxa que amanhã você tem é que trabalhar, e com um sorriso bem lindo no rosto.
Eu: Tá, eu espero a novela terminar. Mas eu te garanto: Minha vingança será maligna!
Edu: Aham. Daqui pra lá ainda tem nove meses e você já até esqueceu isso.
Eu: Vai vendo Edu Fonseca, vai vendo. A vingança é um prato que se come frio.
Edu: A vingança nunca é plena, mata a alma e a envenena.
Eu: Que????
Edu: Que foi, você nunca assistiu chaves?
Rimos.

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