terça-feira, 24 de julho de 2012

Capítulo Onze

Passei a noite em claro. E a primeira ligação foi de uma pessoa que eu não esperava.
Eu: Alô?
Manu: Alô? Camile?
Eu: É. É a Manu?
Manu: Sou eu. É que ontem você saiu tão rápido e... Aconteceu algo sério?
Em alguns minutos ela já estava no meu apartamento, tentando me “confortar” na maneira que ela podia. Como eu disse, ela era uma boa pessoa.
Manu: Se você quiser desabafar , ou simplesmente ficar quieta, eu tô aqui. O que você quer fazer?
Eu: Vamos conversar? Sobre qualquer coisa, só pra não me deixar pensando nisso.
Manu: Tá.
Eu: A gente podia fazer alguma coisa que tenha a ver com a novela.
Manu: Vamos na locadora?
Faziam alguns... Tá, muitos anos que eu não ia a uma locadora. Escolhemos alguns filmes com personagens parecidas com as nossas e levamos pra minha casa. Passei outra tarde com ela. Mas dessa vez eu nem me lembrava de quem ela era a não ser uma pessoa que queria me fazer sentir melhor. Ela só foi embora quando a Betina chegou.
Betina: Eu não sei, não gosto dela.
Eu: Sabe por quê? Porque você tem ciúmes do Luan. Ou quem sabe de mim...
Betina: Não é ciúme. Lógico que eu fiquei com uma pontinha de ciúmes sim, quando eu soube que o Luan tava namorando ela. Mas já fazem dois anos, não tem porque mais. Eu só não gosto do jeito que ela fala com você. Sei lá, parece forçado.
Eu: Que isso, ela é uma fofa. E você não teve uma pontinha de ciúmes teve um continente inteiro.
Betina: E você não. Deixa isso pra lá. Não é ela quem importa agora, não é?
Eu: Não, é bom falar dela. Ou de qualquer coisa que me distraia. Ei, o que eu vou ficar fazendo enquanto o Leo tiver viajando? Você agora trabalha o tempo inteiro.
Betina: Olha, por quatro anos, você nem tocou no nome dele. Porque vai mudar isso agora?
Eu: É verdade. Pronto, praia e academia. Tudo feito.
Ela sorriu.
Betina: Bom ver que você tá  bem.

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