Sônia: Oi Camile, foi difícil te encontrar, sabia?
Edu: Me desculpa, é que eu não lembrava que você tinha uma tia.
Eu: A senhora não estava no Canadá?
Sônia: Estava, mas tive de voltar ao Brasil.
Eu: Como assim?
Sônia: Senta.
Eu: Pra quê?
Edu: Senta Nina.
Sônia: Você pode nos deixar às sós? Obrigado.
Edu: Com licença;
Eu: O que aconteceu Tia?
Sônia: Seu pai faleceu.
Ela me falou aquilo como se fosse uma coisa costumeira de acontecer.
Eu: Quando foi?
Sônia: Faz duas semanas.
Eu: E quem cuidou de tudo?
Sônia: A irmã dele.
Eu: Ela não me falou.
Sônia: Ela me ligou pra eu contar pra você, mas... Não consegui ligar pra você no número antigo e só consegui vir agora. – Ela se levantou. – Você precisa de mim? Quer que eu fique aqui?
Eu: Tia, quando eu precisei de você, você me deixou velando o corpo da minha mãe sozinha.
Sônia: Você é quem sabe.
A verdade era que a Betina, o Edu e o Seu Fonseca era o mais próximo que eu tinha de família. Um tipo de “família escolhida”, mas no fundo, às vezes eu me sentia deslocada. Sentia vontade de ter histórias da minha infância pra contar, ter um álbum de fotos repletos de momentos felizes para mostrar a todos;
Edu: Você quer que eu fique?
Eu: Não. Seu pai precisa de você e eu... Quero ficar só.
Edu: Tá Nina. Mas qualquer coisa, qualquer coisa mesmo pode me ligar, tá?
Eu: Eu sei Edu, eu ligo.
Me deitei e me enrolei em várias cobertas. Não chorei. Acho que não faria sentido chorar. Mas eu senti um certo alívio, por assim dizer. Ele agora teria paz. E não fazia mais sentido eu guardar rancor.
Omg' eu queero maais,mais e mais, to amando tudo :)
ResponderExcluirMAAAAAAAAAIS *-*
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