terça-feira, 31 de julho de 2012

Capítulo Quinze


Leo de férias, Luan com uma folguinha na agenda e eu e a Manu com um fim de semana reservado para começar uma amizade. Próximo destino: casa da Manu em Búzios. Porque gente chique é outra coisa. (risos) Demos um jeito de fugir dos paparazzi. Se as vezes que eu saía com a Manu viravam pauta pra matéria em revista teen, imagina nós quatro juntos? Mas acho que pra mim era diferente. Acho não, era diferente. Esquecer que houveram algumas coisas num passado não tão ruim assim ia ser meio estranho. Mas ia tentar. Quem sabe não daria certo?
Logo na primeira noite, na sexta-feira, nos reunimos em volta da piscina e ficamos jogando conversa fora. Inventei de andar na beirada da piscina e... Ploft! Escorreguei e caí com tudo na piscina.
Leo: Toma cuidado amor. Machucou alguma coisa?
Não conseguia parar de rir. Não sei se de nervoso ou porque eu achei engraçado ficar toda encharcada. Minha risada acabou contagiando o Luan e ficamos os dois rindo, parecendo dois retardados enquanto a Manu e o Leo nos olhavam sem entender nada. Me troquei e voltei para onde estávamos. Por precaução, passei bem longe da piscina.
Sábado de madrugada. O Leo ao meu lado dormindo e a Manu com o Luan no outro. Faltava pouco pra amanhecer e eu não havia nem tirado uma soneca ainda. Ouvi um barulho na cozinha e eu fui ver o que era, devia ser a Manu. Desci as escadas na ponta dos pés, com cuidado pra não fazer barulho. Não era a Manu. Eu conhecia aquelas costas, aquele cabelo e... tá, aquele bumbum também.
Luan: Que susto “muié”!
Eu: Desculpa, eu pensei que fosse a Manu.
Luan: Não, eu desci pra beber água... E você?
Eu: Não consigo dormir.
Olhei de relance para o seu peitoral, mais definido do que eu me lembrava.
Luan: Tá melhor?
Eu: De quê?
Luan: Deixa pra lá. (rindo)
Aquele sorriso... Eu ainda me lembrava de quantas vezes eu automaticamente sorri ao vê-lo. Eu me lembrava dos sonhos que tive com aquele sorriso.
Fiquei observando tudo o que ele fazia, com os olhos atentos a cada simples movimento.
Luan: Você era garçonete antes né? E aqueles clientes sem-vergonha?
Eu: Eu cortava logo. Dava pra perceber quando tinha algum engraçadinho... É, eu vou subir. Se o Leo acordar e não me achar, ao invés de me procurar ele vai ficar é gritando.
Rimos.
Luan: Boa noite. Eu já vou também.
Voltei pra cama, fechei os olhos e... Pensei nele o restante da noite. Será que meu lado Luanete estava voltando a aparecer?

sábado, 28 de julho de 2012

Capítulo Catorze

Cheguei à festa com a certeza de que estava bonita e bem comigo mesma. Ok, assumo que estava me achando. (risos) Quando cheguei, a Manu ainda não estava lá. Então eu ainda teria um pouquinho de atenção. Mas quer saber? Com Manu do o ou sem Manu, aquele dia era meu. Era a estreia da minha primeira novela como atriz principal e eu tinha todo o direito de me achar. Mas não. A qualquer momento, tudo o que eu havia lutado pra conseguir alcançar poderia ir embora. Era melhor ficar com os pés no chão. Um pouco depois de mim, o “casal sensação” da festa chegou. Como o assunto da troca de papéis  ficou somente entre três pessoas (eu, a Manu e o André) e pessoas bem próximas, a Manu pareceu não se importar com isso. Até porque, com ou sem o papel principal ela continuava sendo a estrela da novela.
E como era de se esperar, lá estava ele ao lado da namorada. Com aquele sorriso que só ele tinha e aquele jeito incrível que eu ainda admirava. Faziam alguns anos que eu não o via de perto. A primeira e última vez fora simplesmente perfeita.
Parei pra analisar o que estava acontecendo. Eu estava no meio de todos, olhando paralisada pro namorado de uma colega de trabalho, me lembrando de uma noite que ele certamente nem lembrava que existia. Componha-se Camile Bianco! Até porque seu namorado está a poucos quilômetros de você.
Estava torcendo pra que o que a Betina falou realmente acontecesse, que ela nem lembrasse que eu existia. Mas aconteceu exatamente ao contrário. E consequentemente...
Luan: Oi Camila, tudo bom?
Camila????? Camila?????? Era sério aquilo?
Eu: Tudo. É Camile, mas tudo bem.
Luan: Ih é, é Camile mesmo. É que Camila, Camile, parece...
Eu: Não, tudo bem.
Não, não tá tudo bem. Eu ODIAVA que me chamassem de Camila.
Manu: Eu não te disse que ele era assim? O Leo não veio?
Eu: Não, hoje é a festa de estreia do filme dele.
Mas o que o Leo tinha a ver com a história?
Não conseguia olhar nos olhos dele nem nos dela. Nos dela porque parecia que estava escrito em minha testa “Fiquei com seu namorado e não te contei pois foi a anos atrás e acho que você não tem nada a ver com isso. Eu sou uma cachorra traidora.” E nos dele, porque na minha testa também tinha “Ainda me lembro do nosso banho e da toalha felpuda. Mas porque seu número tava errado? Porque você me deu o número errado? Bastava não dar!”
No fundo, eu não me sentia bem com eles perto de mim a festa toda. Não sei se por ressentimento do Luan ou algo do tipo, ou por ver os dois no maior chameguinho e não ter o Leo perto de mim.
Manu: Esse fim de semana finalmente a gente consegue fazer aquele  programa de casal que eu tanto planejo. (risos) Nossa, faz tão pouco tempo que a gente se conhece e parece que faz anos!
Sinceridade ou falsidade mode on? Não consegui mais engolir a Manu direito depois de ouvir ela falando de mim. Eu tentavam mas não conseguia. Mas afinal, de que adiantaria esse fim de semana se eu não me sentiria muito à vontade com eles dois?
Manu: É só eu achar aquele sumido que a gente vê tudo direitinho.
Sim, o Luan sumiu no meio da festa. E quando apareceu foi com aquele sorriso sapeca de quem tinha aprontado . Ele se perdeu da Manu, foi isso que aconteceu. Lezado né? Mas aquele era o meu Luan. E isso me dava um pouquinho de medo.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Capítulo Treze

Algum tempo depois a Manu me ligou.
Manu: Eu queria... Te pedir desculpa.
Eu: Pelo que?
Manu: Por de manhã. É que eu não esperava que... Você sabe, eu tava tão animada pro papel...
Aí vem uma sem-sal ficar no seu lugar, né?
Eu: Não, tudo bem.
Eu aceitei de propósito pra falar a verdade. Mas tudo ok.
Eu: É... Foi só isso? Eu tô meio ocupada agora.
Manu: É, foi só isso. Obrigado. Tchau.
Eu: Tchau.
É, ela pediu desculpas por sair atropelando o mundo todo, mas não por ter falado de mim daquele jeito. Acho que a Betina tava certa, aquele papo todo de melhores atrizes, programinhas de casal... T-U-D-O F-O-R-Ç-A-D-O! Se ela ficasse revoltada só por perder o papel, daria pra perceber. Mas ela ficou revoltada por perder o papel pra mim.
Betina: Falei que não gostava dela.
Eu: Gostando de mim ou não, ela vai ter que ser minha melhor amiga na novela.
Betina: Vixe, será que vai ter energia pra fazer humor com ela?
Eu: Tem que ter.
Só nos falamos novamente quando começaram as gravações. E como disse o André, só se conhece uma pessoa quando se trabalha com ela. Sempre ouvi dizer que ela era um doce e super educada. Era verdade. Bom, pelo menos ela se esforçava. Sei lá, podia ser também coisa da minha cabeça, porque ela fez intriga de mim pro André e agia na minha frente como se não tivesse acontecido nada.
Betina: Eu acho que ela é super falsa. Sabe, até hoje ela fala com você parecendo que tem alguém forçando ela a fazer isso. Não sei o que o Luan viu nela.
Eu: Essa é a frase que você mais fala nos últimos tempos. Talvez seja o jeito dela. E o que força ela a ter pelo menos uma boa relação comigo é que a gente tem que se ver quase todo santo dia.
Betina: Mas isso não significa que vocês tem que vira amiguinhas. E quando a novela acabar?
Eu: Você tá com ciúmes.
Betina: Eu não estou com ciúmes. Só tô tentando te dizer que hoje pode ser um dia decisivo.
Eu: Tem hora que você fala cada coisa que me assusta, sério.
Betina: É sério Camile. Hoje é a festa de lançamento da novela, o elenco inteiro vai tá lá e quer apostar quanto que ela nem vai lembrar que você existe?
Eu: Não vai fazer diferença.
O Leo ligou pra mim.
Eu: Oi bê, já chegou?
Leo: Quase. E você?
Eu: Ainda tô me arrumando. Queria tanto tá junto de você...
Leo: Lançamento de filme aqui, de novela aí... Também queria tá com você.
Eu: Vem pra cá depois?
Leo: Não vai dar amor, vai acabar tarde.
Eu: Então tá. Tenho que terminar de me arrumar. Beijo.
Leo: Beijo.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Capítulo Doze

Praia, academia e DVDs preencheram meus dias. Minha personagem amava exibir a barriguinha, então eu  tinha que estar ok também. Umas duas semanas e o Leo voltou. Pelo menos pro Rio. Só tínhamos mais uma semana antes de começar as gravações da novela, e então começaria toda aquela loucura de dias sem se ver novamente.
Leo: Se a gente fosse casado seria bem mais fácil.
Eu: Por quê?
Me interessei.
Leo: A gente moraria na mesma casa.
Eu: Mas o filme já tá quase no fim né? Aí vai ser a sua vez de fazer tudo o que eu tô fazendo agora.
Leo: Hm... Isso me interessa bastante...
Rimos. Era um dia inteiro só pra fazer uma cena. E olha que as mais simples. Daí o motivo do Leo muitas vezes chegar cansado.
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Manu: Como assim trocar os papéis? Ela não tem o mínimo de graça pra fazer a MINHA personagem! Eu não quero aquela sem-sal no meu lugar!
Era a voz da Manu, mas de quem ela tava falando? E que história era aquela de trocar o papel?
Eu: Bom dia.
O André tinha me chamado pra uma “reunião de emergência”.
Manu: Tem muito tempo que você tá aí?
Eu: Não. Por quê?
Manu: Conta pra ela. Se ela aceitar eu aceito.
Eu: Aceitar o que?
André: Vocês poderiam trocar os papéis?
Então era de mim que ela tava falando? Respira Camile, respira.
Eu: Por mim tudo ok. A gente tá passando o texto juntas mesmo.
Ela saiu da casa do André sem olhar pra trás.
Eu: Mas porque essa mudança?
André: Digamos que você tem uma coisa diferente, combina mais com a personagem.
Eu: Não éramos iguais?
André: Só se conhece uma pessoa depois que se trabalha com ela. Ah, e você vai ter que
ficar um pouquinho loira.
Eu: Quê?
André: A personagem é loira. E você já topou.
Ok, eu ia ficar loira. Quem sabe seria bom mudar.
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Leo: Amor, o que aconteceu?
Nossa, ficou tão feio assim?
Eu: Que foi, não gostou?
Leo: Tá... Tá legal. É que eu nunca te imaginei loira
Eu: É que eu tive de trocar de papel.
Leo: Isso pode acontecer?
Eu: Acho que sim. Você conhece o André, quando ele quer uma coisa...
Leo: Ficou legal.
Eu: Mesmo?
Ele se levantou.
Leo: Você tá linda.
Eu: Obrigada. Aonde que você vai?
Leo: Pras locações. Não posso me atrasar.
Eu: Quer que eu vá com você?
Leo: Você tem que se concentrar na sua nova personagem.




Amores, eu queria pedir pra que vocês dessem sua opinião sobre a história aí nos comentários. É legal saber a reação das pessoas de vez em quando. (risos) E deixem o Twitter de vocês também pra eu avisar quando postar um capítulo novo. Beijinhos da Dan.

terça-feira, 24 de julho de 2012

Capítulo Onze

Passei a noite em claro. E a primeira ligação foi de uma pessoa que eu não esperava.
Eu: Alô?
Manu: Alô? Camile?
Eu: É. É a Manu?
Manu: Sou eu. É que ontem você saiu tão rápido e... Aconteceu algo sério?
Em alguns minutos ela já estava no meu apartamento, tentando me “confortar” na maneira que ela podia. Como eu disse, ela era uma boa pessoa.
Manu: Se você quiser desabafar , ou simplesmente ficar quieta, eu tô aqui. O que você quer fazer?
Eu: Vamos conversar? Sobre qualquer coisa, só pra não me deixar pensando nisso.
Manu: Tá.
Eu: A gente podia fazer alguma coisa que tenha a ver com a novela.
Manu: Vamos na locadora?
Faziam alguns... Tá, muitos anos que eu não ia a uma locadora. Escolhemos alguns filmes com personagens parecidas com as nossas e levamos pra minha casa. Passei outra tarde com ela. Mas dessa vez eu nem me lembrava de quem ela era a não ser uma pessoa que queria me fazer sentir melhor. Ela só foi embora quando a Betina chegou.
Betina: Eu não sei, não gosto dela.
Eu: Sabe por quê? Porque você tem ciúmes do Luan. Ou quem sabe de mim...
Betina: Não é ciúme. Lógico que eu fiquei com uma pontinha de ciúmes sim, quando eu soube que o Luan tava namorando ela. Mas já fazem dois anos, não tem porque mais. Eu só não gosto do jeito que ela fala com você. Sei lá, parece forçado.
Eu: Que isso, ela é uma fofa. E você não teve uma pontinha de ciúmes teve um continente inteiro.
Betina: E você não. Deixa isso pra lá. Não é ela quem importa agora, não é?
Eu: Não, é bom falar dela. Ou de qualquer coisa que me distraia. Ei, o que eu vou ficar fazendo enquanto o Leo tiver viajando? Você agora trabalha o tempo inteiro.
Betina: Olha, por quatro anos, você nem tocou no nome dele. Porque vai mudar isso agora?
Eu: É verdade. Pronto, praia e academia. Tudo feito.
Ela sorriu.
Betina: Bom ver que você tá  bem.

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Capítulo Dez

Eu: Tia Sônia?
Sônia: Oi Camile, foi difícil te encontrar, sabia?
Edu: Me desculpa, é que eu não lembrava que você tinha uma tia.
Eu: A senhora não estava no Canadá?
Sônia: Estava, mas tive de voltar ao Brasil.
Eu: Como assim?
Sônia: Senta.
Eu: Pra quê?
Edu: Senta Nina.
Sônia: Você pode nos deixar às sós? Obrigado.
Edu: Com licença;
Eu: O que aconteceu Tia?
Sônia: Seu pai faleceu.
Ela me falou aquilo como se fosse uma coisa costumeira de acontecer.
Eu: Quando foi?
Sônia: Faz duas semanas.
Eu: E quem cuidou de tudo?
Sônia: A irmã dele.
Eu: Ela não me falou.
Sônia: Ela me ligou pra eu contar pra você, mas... Não consegui ligar pra você no número antigo e só consegui vir agora. – Ela se levantou. – Você precisa de mim? Quer que eu fique aqui?
Eu: Tia, quando eu precisei de você, você me deixou velando o corpo da minha mãe sozinha.
Sônia: Você é quem sabe.
A verdade era que a Betina, o Edu e o Seu Fonseca era o mais próximo que eu tinha de família. Um tipo de “família escolhida”, mas no fundo, às vezes eu me sentia deslocada. Sentia vontade de ter histórias da minha infância pra contar, ter um álbum de fotos repletos de momentos felizes para mostrar a todos;
Edu: Você quer que eu fique?
Eu: Não. Seu pai precisa de você e eu... Quero ficar só.
Edu: Tá Nina. Mas qualquer coisa, qualquer coisa mesmo pode me ligar, tá?
Eu: Eu sei Edu, eu ligo.
Me deitei e me enrolei em várias cobertas. Não chorei. Acho que não faria sentido chorar. Mas eu senti um certo alívio, por assim dizer. Ele agora teria paz. E não fazia mais sentido eu guardar rancor.

sábado, 21 de julho de 2012

Capítulo Nove

Manu: Porque, sabe, a gente tem várias coisas em comum. E eu acho que a gente devia ser amiga não só na ficção, mas também na vida real.
Eu: É.
Manu: Pensa, as duas atrizes jovens mais badaladas do momento, melhores amiga. Ia ser o máximo. Você viu o ranking dos casais que saiu outro dia?
Eu: Aham.
Manu: Aquele site costuma fazer essas enquetes... Mas eu acho você e o Leandro um casal tão lindo...
Eu: É Leonardo, mas obrigado.
Manu: Ah é. Desculpa, é que eu não sou muito boa com nomes.
Outra coisa em que a gente não se parecia nada. Nossa como ela falava! Mas era uma pessoa legal, eu acho.
Manu: Porque a minha família sempre foi bem estruturada né, então eu recebi o apoio de todo mundo. E você?
Eu: Eu o que?
Manu: Sua família.
Eu: Ah, é que eu... Não gosto muito de falar disso, sabe...
Manu: Tá. É, tem gente que... Sabe no que eu tava pensando?
Eu: Em que?
Manu: Poderíamos sair um dia eu e o Lu, você e o Leo. Sabe programa de casal?
Eu: Sei.
Só me faltava isso. Não sei se ia aguentar um programa desses. Sei lá, não me sentiria à vontade.
Manu: Mas com a agenda do Lu cheia e o Leo fazendo um filme vai ficar meio difícil.
Foi chegar nesse assunto que aí sim ela começou a falar. O Lu, o Lu, o Lu... Era pra nos conhecermos melhor, mas ela ficou o dia inteiro falando coisas que eu já sabia sobre o Luan. “Ah, porque o Lu tem uma mania, o Lu sempre faz, o Lu é...” Me dava vontade de falar com ela que eu já sabia tudo aquilo, virar as costas e ir embora. Não sei porque, mas de certa forma me incomodava vê-la falando do Luan daquele jeito. Eu não tinha e muito menos queria saber detalhes do relacionamento deles. Mas não vinha uma desculpa boa na minha cabeça pra sair dali.
Manu: Eu aqui falando de mim... E você? Fala de você.
Eu: É que eu não tô acostumada a falar de mim. Além do mais, minha vida não passa nem perto de ser interessante.
Manu: Ah, mas só de saber o essencial da pra ver que a gente tem muito a ver. Até seu signo é ascendente do meu! Você gosta de astrologia?
Eu: Não entendo muito.
Manu: Sabia que o Lu...
Meu celular chamou. Salva pelo Leo.
Eu: Oi bê.
Leo: Oi. Amor, você não falou com o Edu que ia passar o dia com a Manu não?
Eu: Não lembro. Acho que não. Porque?
Leo: Ele me ligou. Disse que não tava conseguindo ligar no seu celular.
Eu: Aconteceu alguma coisa?
Leo: Ele só disse que se eu conseguisse falar com você, era pra te dizer pra ir pra casa.
Eu: Tá, já tô indo. Beijo.
Leo: Beijo, me liga depois.
Eu: Manu, eu tenho que ir pra casa, acho que aconteceu alguma coisa.
Manu: Quer que eu vá com você?
Eu: Não. Brigado, não precisa.
Manu: Tá, então... Depois eu te ligo.
Eu: Tá.
Saí sem olhar pra trás. Se o Edu chegou a ligar pro Leo (não tinha acontecido antes. Não que eu me lembrasse pelo menos.) era porque algo grave havia acontecido.