domingo, 30 de setembro de 2012

Capítulo Sessenta e Três



No dia seguinte, a Bruna e eu fomos fazer o primeiro exame em Londrina. Levei os exames do médico do Rio, ele os analisou e fez uma outra ultrassom. Eram duas meninas e um menino. Meus olhos brilharam vendo quem era quem e vendo que a Bruna estava empolgada.
Eu: Luan chega daqui a algumas horas. Como eu faço pra falar com ele de um jeito especial?
Bruna: Hm... Já sei.
Ela me levou em uma loja especializada em roupas para bebê. Compramos dois sapatinhos rosa e um azul (nada mais óbvio). No caminho para a saída, me encantei por um vestidinho amarelo com babadinhos. Depois por um rosa, um vermelhinho, um conjunto azul, outro branco... TUDO naquela loja me encantava, mas me controlei.
Meu celular chamou. No visor, “Betina”.
Eu: Oi.
Betina: Mile, que saudade, você tá bem?
Eu: Tô.
Betina: E os bebês?
Eu: Também, graças a Deus.
Betina: E a viagem?
Eu: Foi tranquila.
Betina: Ó, depois eu te ligo, o Rodrigo tá mandando um beijo.
Eu: Manda outro pra ele.
Eu e Bruna voltamos pra casa e eu esperei ansiosa pelo Luan. Tirei os sapatinhos da caixa e os coloquei na minha bolsa, só ia contar pra ele quando finalmente matasse a minha curiosidade.
Quando ele chegou, eu estava tão distraída conversando com a Bruna que só percebi quando ele parou na minha frente.
Eu: Luan!!!
Pulei do sofá, abraçando-o forte.
Luan: Eita, quanta saudade.
Eu: Você não sabe o tanto.
Ele descansou, nós almoçamos e finalmente eu ia ver como estava o nosso canto. Ele pôs o restante de suas coisas no carro, as minhas e se despediu de seus pais e irmã.
D. Marizete: É aqui perto, mas mesmo assim vai ser difícil acostumar sem você aqui.
Luan: Oh Mãe, vai não, a senhora vai ver.
Eles se abraçaram. Percebi que parte do Luan queria ficar ali, com os pais. Acho que se eu tivesse recebido o devido carinho do meu pai, talvez estivesse até hoje em São Paulo agarrada a ele. Se a minha mãe tivesse sido mais forte e fugido daquele inferno assim como eu fiz, talvez estivéssemos juntas e felizes em qualquer canto do mundo. Pensar nisso me fez arrepiar. Mas se qualquer dessas coisas tivesse acontecido talvez eu não tivesse conhecido o Luan.
Luan abraçou o pai e ele lhe contou algo que o fez rir.
Luan: Tchau Bubu. Juízo, hein!?
Bruna: Tenho mais do que você.
Eles riram e se abraçaram. Foi a minha vez de me despedir.
Eu: Tchau Dona... É... Tchau Marizete.
Rimos. Ela me abraçou e fez um pedido baixinho.
D. Marizete: Cuida dele pra mim, tá? Você sabe do que ele gosta, do que ele não gosta... Acho que você vai saber o que fazer.
Eu: Vou cuidar, pode ter certeza de que eu vou cuidar.
D. Marizete: Tchau.
Eu: Tchau. Tchau Seu Amarildo.
S. Amarildo: Tchau nora. Aparece aqui viu?
Eu: É o que eu mais vou fazer.
Rimos.
Eu: Cunhada.
Bruna: Cunhaaada.
Nos abraçamos.
Bruna: Espero que dê tudo certo na surpresa, você é boa nisso.
Eu: Obrigado, vai dar sim.
Bruna: E nem precisa convidar porque eu vou lá sempre te ver.
Rimos.
Luan: Vamos amor?
Eu: Vamo mozão.
Rimos. Entramos no carro e fomos pra nossa casa.

Nenhum comentário:

Postar um comentário