Cheguei à Londrina. Era um lindo dia de maio e já
completava cinco meses de gestação. Era incrível como o tempo passava depressa
quando eu queria que ele demorasse um pouco mais. Enquanto eu ouvia algumas
mães falando que ficaram ansiosas para finalmente ver o seu bebê, não era isso
o que eu queria. Queria que eles ficassem comigo pelo maior tempo que fosse
possível.
Luan não estava na cidade quando eu cheguei, e como as
chaves da nossa casa estavam na mão dele, ficaria na casa de seus pais por uma noite.
“Nossa casa.” Pensei. Minha, de Luan e nossos filhos. Estava perdida nesses
pensamentos quando ele me ligou.
Luan: Oi amor,
tá bem.
Eu: Tô sim.
Luan: E os
nossos filhotes?
Eu: Tão
ótimos, no quentinho.
Rimos.
Luan: Como foi
a viagem?
Eu: Tranquila.
Luan: Tá.
Amanhã eu chego.
Eu: Porque
você não deixou a chave?
Luan: Quero
que você veja a casa comigo.
Eu: Tá, tá
bom.
Luan: Tem
alguma coisa?
Eu: Não, eu só
tô curiosa.
Luan: E a
novidade?
Rimos.
Ficamos conversando por um tempo.
Depois, eu desci e fiquei na sala com sua mãe.
D. Marizete: Você
tá confortável?
Eu: Tô sim.
Obrigado por se preocupar, Dona Marizete.
D. Marizete:
De nada. E sem o dona.
Eu: Tá bom.
Ela sorriu.
D. Marizete: Três
netos. Tão rápido e de uma vez só.
Rimos.
Eu: É. Mas
acho que... foi a hora certa. Nada é por acaso.
Ficamos em silêncio por alguns instantes.
D. Marizete:
Sabe que não vai ser fácil, não é?
Eu: Eu sei.
Mas tenho tanta vontade de que dê certo, que eu sei que vai dar.
D. Marizete:
Família se constrói e se fortifica com o tempo e muito amor. Sei que você é...
sozinha, mas quero que você saiba que além de começar a construir uma família,
você ganhou uma já feita.
Eu: Obrigado.
A senhora não sabe o quanto é bom ouvir isso.
D. Marizete:
Vai ser melhor ainda sem o “senhora”.
Eu: Tá. Eu vou
parar.
Rimos.
Fui até o antigo quarto do Luan, onde estavam as minhas
coisas. A Bruna bateu na porta.
Bruna: Posso
entrar?
Eu: Pode.
Bruna: Você
fez boa viagem?
Eu: Fiz,
obrigado.
Bruna: Eu
queria te dizer que eu agi feito criança tentando fingir que você não existia.
Queria... te pedir desculpa.
Eu: Tudo bem,
eu acho que te entendo.
Bruna: Mesmo?
Eu não quero que você fique chateada comigo.
Eu: Tudo bem
Bruna. Mesmo. Você quer ir na ultrassom
comigo amanhã?
Ela sorriu e acenou positivamente. Eu gostava dela e não
queria que aquele clima continuasse.
GOSTARAM DO CAPÍTULO? DEIXEM SUAS REAÇÕES. ;) BEIJINHOS DA DAN. :)
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