sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Capítulo Sessenta e Dois



Cheguei à Londrina. Era um lindo dia de maio e já completava cinco meses de gestação. Era incrível como o tempo passava depressa quando eu queria que ele demorasse um pouco mais. Enquanto eu ouvia algumas mães falando que ficaram ansiosas para finalmente ver o seu bebê, não era isso o que eu queria. Queria que eles ficassem comigo pelo maior tempo que fosse possível.
Luan não estava na cidade quando eu cheguei, e como as chaves da nossa casa estavam na mão dele, ficaria na casa de seus pais por uma noite. “Nossa casa.” Pensei. Minha, de Luan e nossos filhos. Estava perdida nesses pensamentos quando ele me ligou.
Luan: Oi amor, tá bem.
Eu: Tô sim.
Luan: E os nossos filhotes?
Eu: Tão ótimos, no quentinho.
Rimos.
Luan: Como foi a viagem?
Eu: Tranquila.
Luan: Tá. Amanhã eu chego.
Eu: Porque você não deixou a chave?
Luan: Quero que você veja a casa comigo.
Eu: Tá, tá bom.
Luan: Tem alguma coisa?
Eu: Não, eu só tô curiosa.
Luan: E a novidade?
Rimos.
Ficamos conversando por um tempo.
Depois, eu desci e fiquei na sala com sua mãe.
D. Marizete: Você tá confortável?
Eu: Tô sim. Obrigado por se preocupar, Dona Marizete.
D. Marizete: De nada. E sem o dona.
Eu: Tá bom.
Ela sorriu.
D. Marizete: Três netos. Tão rápido e de uma vez só.
Rimos.
Eu: É. Mas acho que... foi a hora certa. Nada é por acaso.
Ficamos em silêncio por alguns instantes.
D. Marizete: Sabe que não vai ser fácil, não é?
Eu: Eu sei. Mas tenho tanta vontade de que dê certo, que eu sei que vai dar.
D. Marizete: Família se constrói e se fortifica com o tempo e muito amor. Sei que você é... sozinha, mas quero que você saiba que além de começar a construir uma família, você ganhou uma já feita.
Eu: Obrigado. A senhora não sabe o quanto é bom ouvir isso.
D. Marizete: Vai ser melhor ainda sem o “senhora”.
Eu: Tá. Eu vou parar.
Rimos.
Fui até o antigo quarto do Luan, onde estavam as minhas coisas. A Bruna bateu na porta.
Bruna: Posso entrar?
Eu: Pode.
Bruna: Você fez boa viagem?
Eu: Fiz, obrigado.
Bruna: Eu queria te dizer que eu agi feito criança tentando fingir que você não existia. Queria... te pedir desculpa.
Eu: Tudo bem, eu acho que te entendo.
Bruna: Mesmo? Eu não quero que você fique chateada comigo.
Eu: Tudo bem Bruna. Mesmo.  Você quer ir na ultrassom comigo amanhã?
Ela sorriu e acenou positivamente. Eu gostava dela e não queria que aquele clima continuasse.

GOSTARAM DO CAPÍTULO? DEIXEM SUAS REAÇÕES. ;) BEIJINHOS DA DAN. :)

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