terça-feira, 9 de outubro de 2012

Capítulo Final (Parte 2)



Tomei banho e me deitei na cama, ainda sentindo contrações. A Bruna me ligou.
Bruna: Luan apareceu?
Eu: Não. – senti uma contração forte – Bruna, eu tô preocupada, tô sentindo umas contrações muito fortes.
Bruna: Contração? Porque você não me falou antes? Liga pro médico que eu tô indo correndo pra aí com meu pai.
Camile off/Bruna on
Eu: Mãe, a Camile tá sentindo as dores, cadê o pai?
Marizete: Foi atrás do Luan. Mas vamos logo Bruna que ela tá sozinha lá.
Eu e minha mãe fomos até a casa do Luan e da Camile. Ela estava a nossa espera.
Eu: Ligou pro médico?
Camile: Ele falou pra ir pra maternidade.
Marizete: Então vamos logo, pega suas coisas.
Mandei mensagem pro meu pai.
“Quando achar o Luan, corre pra maternidade. Os bebês estão vindo.”
Bruna off/Luan on
Quando eu menos esperava alguém, o meu pai chegou. Eu tinha ido até um lago e deitado na beira. Ele se sentou ao meu lado.
Amarildo: Ela não acreditou em você?
Eu: Nem sei. Como me achou?
Ele riu.
Amarildo: Coisa de pai. Logo logo você vai entender isso.
Eu: É. Semana que vem já. Parece que foi outro dia que eu fiquei sabendo.
Amarildo: Acho que é agora. Bora pra maternidade Luan.
Eu: O que? Eles vão nascer agora?
Luan off/Camile on
No carro eu comecei a ter cada vez contrações mais fortes, até que minha bolsa estourou.
Bruna: Mãe, tá tudo molhado aqui!
Marizete: Ai meu Deus, a bolsa estourou!
Eu: Amores, porque hoje hein? AAAAAAI!
Chegamos no hospital e eu fui levada à sala de pré parto.
Médico: A gente vai ter que fazer uma cesariana de emergência. A não ser que vocês tenham mudado de ideia.
Eu: Não! Mas cadê o Luan? Liga pra seu pai Bruna, vê se ele achou o Luan.
Me levaram pra sala de cirurgia e me deram uma anestesia local. Colocaram um pano na minha frente pra que eu não pudesse ver a cirurgia.
Não sentia mais minhas pernas (por conta da anestesia) quando o Luan entrou.
Luan: Tô aqui Mile, tô com você, tá?
Eu: Lu, eu confio em você. Muito, tá? Você tá lindo assim de médico. –ele beijou a minha testa.
Luan: Eu não menti quando disse que te vivo.
Eu: Eu sei. Nem eu.
Médico: Vamos ficar quietinha agora que os bebês vão vir.
Luan ficou olhando por um tempo, mas depois virou o rosto pra mim.
Luan: Vou ficar olhando pra você que é melhor.
Logo ouvi um choro de bebê e percebi que estávamos eu e o Lu chorando também.
Médico: A primeira menina.
Luan: Nossa Alice. – a enfermeira a trouxe até perto de mim- Olha  que linda amor.
Eu chorava, cada vez mais emocionada quando ouvi outro chorinho.
Médico: Outra menina.
Luan: A Nicole.
Ela conseguiu chorar mais alto que a Alice. Logo depois, uma outra pessoinha chorando.
Médico: O último, o meninão.
Eu: Breninho.
Camile off/ Luan on
Quando o Breno nasceu, acho que me emocionei mais ainda. Porque os meus três filhos nascerem lindos e saudáveis foi a melhor coisa que eu já tinha visto. Eles foram limpos e encaminhados para os primeiros exames enquanto o médico terminava a cirurgia na Camile. Eu tive que sair da sala. Eles só sairiam do berçário após três horas, tempo necessário para fazer todos os exames neles e na Mile. Mandei uma mensagem pra Betina, sabia que se eu ligasse era capaz dela não atender.
“Betina, os bebês nasceram. Agora a Mile tá terminando a cirurgia.”
Ela me respondeu rápido.
“Já? O.O Mas não era semana que vem? Tô com voo marcado e tudo hahaha Apressadinhos que nem ela foi? Mas eles estão bem né?”
“Estão sim, graças a Deus.”
[horas depois]
Médico: Você tá bem? Tá sentindo alguma dor?
Camile: Não.
Médico: Pelos seus exames tá tudo bem e pelo deles também.
Camile: E quando eles vão vir? Quero vê-los.
Médico: Já já. Vou ver com a pediatra. –ele saiu da sala.
Camile: Onde você estava? Eu fiquei preocupada.
Eu: Desculpa, eu não queria te deixar preocupada meu amor. Fui pensar, saí por aí.
Camile: Eu acredito em você. Tá?
Eu: É muito bom ouvir isso.
Bateram na porta.
Luan off/Camile on
A porta se abriu e nossos três anjinhos entraram no quarto. Uma das enfermeiras me deu o Breno, o Luan segurou a Alice e a Nicole ficou dormindo na caminha. Dei de mamar pela primeira vez a ao Breno. Senti uma dor, mas meus filhos tinham que se alimentar por mim também. Eles mandaram pequenas doses de leite de três em três horas, porque o meu ainda era um pouco insuficiente para os três. Eles logo dormiram e as enfermeiras nos deixaram sozinhos.
Luan: Sabe no que eu tava pensando?
Eu: Em que?
Luan: Em como tudo está acontecendo no tempo certo. A gente demorou pra se ver de novo, pra fazer crescer esse amor... Mas agora é o tempo certo. E você sabe o segundo maior motivo de estarmos nós cinco juntos aqui?
Eu: O nosso amor?
Luan: Não, esse é o primeiro. O segundo é que...
Eu: Que?
Luan: O universo conspirou por nós.
Eu: Sem sombra de dúvidas.
Sorrimos.
Luan: Casa comigo? De papel passado, com testemunhas, padre, juiz... Vamos selar esse amor pra sempre?
Eu: Hm... Você prefere que eu responda “sim” ou “claro”?

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