Tomei banho e me deitei na cama, ainda sentindo
contrações. A Bruna me ligou.
Bruna: Luan
apareceu?
Eu: Não. –
senti uma contração forte – Bruna, eu tô preocupada, tô sentindo umas
contrações muito fortes.
Bruna:
Contração? Porque você não me falou antes? Liga pro médico que eu tô indo
correndo pra aí com meu pai.
Camile off/Bruna on
Eu: Mãe, a
Camile tá sentindo as dores, cadê o pai?
Marizete: Foi
atrás do Luan. Mas vamos logo Bruna que ela tá sozinha lá.
Eu e minha mãe fomos até a casa do Luan e da Camile. Ela
estava a nossa espera.
Eu: Ligou pro
médico?
Camile: Ele
falou pra ir pra maternidade.
Marizete:
Então vamos logo, pega suas coisas.
Mandei mensagem pro meu pai.
“Quando achar o Luan, corre pra maternidade. Os bebês
estão vindo.”
Bruna off/Luan on
Quando eu menos esperava alguém, o meu pai chegou. Eu
tinha ido até um lago e deitado na beira. Ele se sentou ao meu lado.
Amarildo: Ela não
acreditou em você?
Eu: Nem sei.
Como me achou?
Ele riu.
Amarildo:
Coisa de pai. Logo logo você vai entender isso.
Eu: É. Semana
que vem já. Parece que foi outro dia que eu fiquei sabendo.
Amarildo: Acho
que é agora. Bora pra maternidade Luan.
Eu: O que?
Eles vão nascer agora?
Luan off/Camile on
No carro eu comecei a ter cada vez contrações mais
fortes, até que minha bolsa estourou.
Bruna: Mãe, tá
tudo molhado aqui!
Marizete: Ai
meu Deus, a bolsa estourou!
Eu: Amores,
porque hoje hein? AAAAAAI!
Chegamos no hospital e eu fui levada à sala de pré parto.
Médico: A
gente vai ter que fazer uma cesariana de emergência. A não ser que vocês tenham
mudado de ideia.
Eu: Não! Mas cadê
o Luan? Liga pra seu pai Bruna, vê se ele achou o Luan.
Me levaram pra sala de cirurgia e me deram uma anestesia
local. Colocaram um pano na minha frente pra que eu não pudesse ver a cirurgia.
Não sentia mais minhas pernas (por conta da anestesia)
quando o Luan entrou.
Luan: Tô aqui
Mile, tô com você, tá?
Eu: Lu, eu
confio em você. Muito, tá? Você tá lindo assim de médico. –ele beijou a minha
testa.
Luan: Eu não menti
quando disse que te vivo.
Eu: Eu sei.
Nem eu.
Médico: Vamos
ficar quietinha agora que os bebês vão vir.
Luan ficou olhando por um tempo, mas depois virou o rosto
pra mim.
Luan: Vou
ficar olhando pra você que é melhor.
Logo ouvi um choro de bebê e percebi que estávamos eu e o
Lu chorando também.
Médico: A
primeira menina.
Luan: Nossa
Alice. – a enfermeira a trouxe até perto de mim- Olha que linda amor.
Eu chorava, cada vez mais emocionada quando ouvi outro
chorinho.
Médico: Outra menina.
Luan: A
Nicole.
Ela conseguiu chorar mais alto que a Alice. Logo depois,
uma outra pessoinha chorando.
Médico: O
último, o meninão.
Eu: Breninho.
Camile off/ Luan on
Quando o Breno nasceu, acho que me emocionei mais ainda.
Porque os meus três filhos nascerem lindos e saudáveis foi a melhor coisa que
eu já tinha visto. Eles foram limpos e encaminhados para os primeiros exames
enquanto o médico terminava a cirurgia na Camile. Eu tive que sair da sala.
Eles só sairiam do berçário após três horas, tempo necessário para fazer todos
os exames neles e na Mile. Mandei uma mensagem pra Betina, sabia que se eu
ligasse era capaz dela não atender.
“Betina, os bebês nasceram. Agora a Mile tá terminando a
cirurgia.”
Ela me respondeu rápido.
“Já? O.O Mas não era semana que vem? Tô com voo marcado e
tudo hahaha Apressadinhos que nem ela foi? Mas eles estão bem né?”
“Estão sim, graças a Deus.”
[horas depois]
Médico: Você
tá bem? Tá sentindo alguma dor?
Camile: Não.
Médico: Pelos
seus exames tá tudo bem e pelo deles também.
Camile: E
quando eles vão vir? Quero vê-los.
Médico: Já já.
Vou ver com a pediatra. –ele saiu da sala.
Camile: Onde você
estava? Eu fiquei preocupada.
Eu: Desculpa, eu
não queria te deixar preocupada meu amor. Fui pensar, saí por aí.
Camile: Eu
acredito em você. Tá?
Eu: É muito
bom ouvir isso.
Bateram na porta.
Luan off/Camile on
A porta se abriu e nossos três anjinhos entraram no
quarto. Uma das enfermeiras me deu o Breno, o Luan segurou a Alice e a Nicole
ficou dormindo na caminha. Dei de mamar pela primeira vez a ao Breno. Senti uma
dor, mas meus filhos tinham que se alimentar por mim também. Eles mandaram
pequenas doses de leite de três em três horas, porque o meu ainda era um pouco
insuficiente para os três. Eles logo dormiram e as enfermeiras nos deixaram
sozinhos.
Luan: Sabe no
que eu tava pensando?
Eu: Em que?
Luan: Em como
tudo está acontecendo no tempo certo. A gente demorou pra se ver de novo, pra
fazer crescer esse amor... Mas agora é o tempo certo. E você sabe o segundo
maior motivo de estarmos nós cinco juntos aqui?
Eu: O nosso
amor?
Luan: Não,
esse é o primeiro. O segundo é que...
Eu: Que?
Luan: O
universo conspirou por nós.
Eu: Sem sombra
de dúvidas.
Sorrimos.
Luan: Casa
comigo? De papel passado, com testemunhas, padre, juiz... Vamos selar esse amor
pra sempre?
Eu: Hm... Você
prefere que eu responda “sim” ou “claro”?
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